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sábado, 30 de julho de 2011

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O Batismo do Espírito Santo
Jl 2.28,29; Jo 7.37-39; At 2.1-11; 1 Co 12; 1 Co 14.26-33
"E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o
Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado." Jo 7.39
"Você já recebeu o batismo do Espírito Santo?" Uma pessoa que se torna cristã em nossos
dias mais cedo ou mais tarde ouvirá esta pergunta. Tal pergunta geralmente é feita
pelos cristãos carismáticos, os quais são entusiastas a respeito das experiências que têm
com o Espírito Santo..
Uma doutrina que antigamente era mais confinada às igrejas Pentecostais e à
Assembléia de Deus agora tem se tornado o ponto de central importância para um
grande número de crentes. O movimento neo-pentecostal tem alcançado praticamente
todas as denominações cristãs. Um senso de empolgação e de avivamento espiritual
geralmente acompanha essa nova descoberta da presença e do poder do Espírito Santo
na Igreja.
O neo-pentecostalismo procura definir a doutrina do batismo do Espírito Santo com base
nas experiências das pessoas. Tal doutrina tem sido amplamente controvertida.
Geralmente, mas não sempre, os cristãos carismáticos consideram o batismo do Espírito
Santo como uma segunda obra de graça, distinta e subseqüente à regeneração e à
conversão. Os carismáticos estão divididos entre eles mesmos quanto à questão, se falar
em línguas é um sinal necessário ou uma manifestação do "batismo".
Os pentecostais apontam para o padrão no livro de Atos, onde os crentes (os quais
experimentaram a obra regeneradora do Espírito Santo antes do dia de Pentecostes)
foram cheios do Espírito Santo e falaram em línguas. Este padrão bíblico, que inclui um
lapso de tempo entre a conversão e o batismo do Espírito, é usado então como norma
para todas as épocas.
Os pentecostais estão certos em ver certa distinção entre a regeneração pelo Espírito
Santo e o batismo. Regeneração refere-se ao Espírito Santo dando nova vida ao crente -
vivificando aquele que estava morto no pecado. O batismo do Espírito Santo refere-se a
Deus capacitando seu povo para o ministério.]]Embora a distinção entre a regeneração e
o batismo do Espírito Santo seja legítima, transforma o lapso de tempo entre ambos
numa norma para todas as gerações é uma atitude improcedente. O padrão normal
desde os dia dos apóstolos tem sido que os cristão recebem a capacitação do Espírito
Santo juntamente com a regeneração. Não é necessário que o crente busque uma
segunda e especifica obra do batismo do Espírito depois da conversão. Todos cristão é
cheio do Espírito, numa medida maior ou menor, dependendo da correspondência de
consagração a ele.
Outro problema com doutrina pentecostal é que ela tem uma visão incorreta do
Pentecostes, o qual é uma "linha divisória" na história do Novo Testamento. No Antigo
Testamento, só alguns crentes selecionados foram dotados por Deus com dons para o
ministério (ver Nm 11). Este padrão mudou no Pentecostes, quando todos os crentes
presentes (todos judeus) receberam o batismo. Semelhantemente, nos derramamentos
posteriores, os convertidos samaritanos (At 8), o crentes na casa de Cornélio (At 10) e os
discípulos gentios de João Batistas que viviam em Éfeso (At 19), todos receberam o
batismo do Espírito.
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Os primeiros crentes não acreditavam que os samaritanos, os prosélitos e os discípulos
de João Batista pudessem ser cristãos. Desta maneira, o batismo do Espírito Santo serviu
como confirmação de sua membresia na Igreja. Visto que cada um desses grupos
experimentou o batismo do Espírito Santo da mesma maneira que os judeus
experimentaram no Pentecostes, a inclusão deles na Igreja era inquestionável. O próprio
Pedro foi o primeiro a experimentar isso. Quando viu o Espírito Santo descer sobe os
gentios tementes a deus na casa de Cornélio, ele concluiu que não havia nada que
impedisse que fossem aceitos plenamente como membros da Igreja. Pedro disse: "Pode
alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também
receberam como nós o Espírito Santo?" (At 10.47).
Os episódios subseqüentes do batismo do Espírito Santo, depois do Pentecostes devem
ser entendidos como uma extensão do Pentecostes, por meio do qual todo o Corpo
recebeu dons para o ministério. Na igreja do Novo testamento nem todos os cristãos
falaram em línguas, mas todos os cristãos receberam dons do Espíritos Santo. Desta
maneira, se cumpriu a profecia de Joel (At 2.16-21).
Sumário
1. O batismo do Espírito Santo é uma obra distinta da qual o Espírito dota os crentes com
dons para o ministério.
2. No livro de Atos, o Espíritos Santo foi derramado sobre quatro grupos (judeus,
samaritanos, prosélitos e gentios), indicando que todos estavam incluídos na igreja.
3. O Pentecostes cumpre a profecia do Antigo Testamento de que o Espírito seria
derramando sobre todos os crentes e não sobre um grupo restrito.
Autor: R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã.
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