O FALSO LIVRE ARBÍTRIO
A maior parte das Igrejas Evangélicas, a Igreja Católica Romana e Seitas
Cristãs, pregam que o homem é dotado de livre arbítrio, tendo portanto total liberdade
para escolher ou não a servir a Deus.
Será que o homem é dotado de tamanha liberdade?
Depende única e exclusivamente do homem aceitar ou não Jesus?
O que a Palavra de Deus realmente diz?
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a
fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
(João 15:16)
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em
que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados... Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.”
(João 4:10,19)
Não fomos nós que escolhemos servir a Deus, antes foi Ele quem nos escolheu
primeiro.
“... assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele,
para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua
vontade...”
(Efésios 1:4-5)
“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia. E prossegui: Por causa disto, é que vos tenho dito:
ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”
(João 6:44,65)
O homem não tem tamanha liberdade de escolha, mesmo porque, devido a nossa
herança adâmica pecaminosa, se resolvermos não pecarmos mais, conseguiríamos?
Onde está portanto o nosso livre arbítrio? Servimos a um Deus Soberano, que
tudo faz segundo o conselho da sua vontade e não da nossa vontade.
“Assim, pois não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar
Deus a sua misericórdia.” (Romanos 9:16)
“... porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:13)
“Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para
que fôssemos como que primícias das suas criaturas.” (Tiago 1:18)
A Bíblia apresenta alguns exemplos claros com homens de fé, como Jeremias, Jonas
e o próprio apóstolo Paulo, entre os quais, permite concluirmos que não existe livre
arbítrio.
“A mim me veio, pois, a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te
formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te
consagrei, e te constituí profeta às nações.” (Jeremias 1: 4-5)
“Quanto, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela
sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu pregasse entre os
gentios, sem detença, não consultei carne e sangue...” (Gálatas 1:15-16)
Jeremias e Paulo já tinham sido escolhidos por Deus, antes mesmo do seu
nascimento, de acordo com a vontade soberana do Criador; assim como todos os
verdadeiros crentes.
“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum
deles havia ainda.” (Salmos 139:16)
Não cabe ao homem determinar o seu caminho e sim ser direcionado pela
vontade do Criador.
“Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem
ao que caminha dirigir os seus passos.” (Jeremias 10:23)
Surge então a pergunta: O homem pode rejeitar a escolha de Deus? Jeremias
descobriu que isto era impossível. Quando tentou fugir de seu chamado em uma
determinada circunstância, relatou:
“Quando pensei: não me lembrarei dele e já não falarei no seu nome, então,
isso me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; já desfaleço
de sofrer e não posso mais.” (Jeremias 20:9)
E mais tarde Paulo confirma: “... porque os dons e a vocação de Deus são
irrevogáveis.” (Romanos 11:29)
Observe o relato da vocação, fuga e castigo de Jonas:
“Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai
à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do Senhor, para Társis; e, tendo
descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e
embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.
Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande
tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar. E diziam uns aos outros
(marinheiros): Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por causa de quem nos
sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Disseram- lhe:
Que te faremos, para que o mar se nos acalme? Porque o mar se ia tornando cada
vez mais tempestuoso. Respondeu-lhes: Tomai-me e lançai-me ao mar, e o mar se
aquietará, porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande
tempestade. E levantaram a Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua
fúria. Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve
Jonas três dias e três noites no ventre do peixe.” (Jonas 1:1-4,7,11,12,15,17)
Jonas ora ao Senhor no ventre do peixe e:
“Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra.”
(Jonas 2:10)
Jonas prega em Nínive.
“Veio a palavra do Senhor, segunda vez, a Jonas, dizendo: Dispõe-te, vai a
grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo.
Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive
era cidade mui importante diante de Deus e de três dias para percorrê-la.
Começou Jonas a percorrer a cidade de caminho dum dia, e pregava, e dizia:
Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” (Jonas 3:1-4)
O Senhor mandou Jonas pregar em Nínive, Jonas desobedeceu, pegou um navio
e foi para outra cidade. Deus lançou sobre o mar uma tempestade. Jonas reconheceu que
isto acontecia em virtude de sua desobediência, e pediu para os marinheiros lançaremno
ao mar a fim de cessar a tormenta. Jonas foi engolido por um grande peixe, onde
esteve três dias e três noites. Jonas ora ao Senhor, e o Criador faz o peixe vomitar Jonas
na terra. Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, e este levantou-se e foi pregar
aos ninivitas. Onde estava o livre arbítrio de Jonas? Embora tenha feito a sua própria
escolha, a que realmente prevaleceu foi a escolha do Criador, porque o Senhor é
Soberano. Surge portanto a questão: O homem é um robô nas mãos de Deus? De forma
alguma. Assim como Jonas, temos uma liberdade vigiada de escolhermos um caminho a
seguir. Quando escolhemos um caminho contrário ao estipulado por Deus sofreremos as
conseqüências, assim como Davi, Jonas, entre outros, sofreram.
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear,
isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne
colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida
eterna.” (Efésios 6:7-8)
Os verdadeiros cristãos já tem a vocação divina de realizar boas obras.
“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6)
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10)
Embora antes de nossa conversão, estávamos mortos espiritualmente, destituídos
da Graça de Deus, não tínhamos como aceitarmos a Jesus, pois
“... Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem
busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o
bem, não há nem um sequer.” (Romanos 3:10-12)
Entretanto “Ele nos deu vida, estando vós mortos em vossos delitos e
pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da nossa carne e dos pensamentos;
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para
que ninguém se glorie.” (Efésios 2:1-3;8-9)
Portanto não fomos nós que aceitamos a Jesus, antes foi ele que nos aceitou
como filhos amados.
Este estudo trata de temas extremamente complexos, predestinação, salvação
eterna e falso livre arbítrio. Espero ter contribuído para expor todas estas verdades ao
leitor. Deixo claro que o compromisso desta obra é analisar a Palavra de Deus como um
todo, inclusive o contexto onde cada versículo está inserido.
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